Nesta sexta-feira (28), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul (DCRS) participou, em Porto Alegre, da terceira edição do Seminário Mudanças Climáticas. O evento objetiva a promoção de debates acerca dos desafios e das estratégias para o enfrentamento da crise climática.

A promoção do evento é do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS), por iniciativa do Gabinete de Estudos Climáticos (GABCLIMA MPRS), em parceria com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por intermédio de sua Comissão de Meio Ambiente (CMA) e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF).

A participação da DCRS na programação do Seminário se soma à lista de colaborações com o MPRS. Juntos, já promoveram, por exemplo, o Curso Básico de Proteção e Defesa Civil, oferecido a gestores públicos municipais, e seguem desenvolvendo outros projetos visando fomentar a cultura de proteção entre a população gaúcha.

O subchefe de Proteção e Defesa Civil, coronel Santiago Soares Dias de Castro, compôs a mesa de abertura em conjunto com a procuradora de Justiça e coordenadora do Centro Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MPRS, a Dra. Ana Maria Moreira Marchesan, o secretário adjunto da Casa Civil, Gustavo Paim, o dirigente do Núcleo de Defesa Ambiental da Defensoria Pública, dr. João Otávio Carmona Paz, o corregedor-geral do Ministério Público, dr. Fábio Roque Sbardellotto, a secretária do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre, Júlia Zardo, a procuradora de Justiça e coordenadora do Gabinete de Estudos Climáticos do MPRS, dra. Sílvia Cappelli, o vice-presidente da Associação do MPRS, Reginaldo Freitas da Silva, e o diretor do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do MPRS, dr. Sérgio Hiane Harris.

Eventos extremos: perspectivas

Integrando a programação do Painel I, sobre direito dos desastres, Marcos Leandro Kazmierczak, doutor em Desastres Naturais que integra o Departamento de Gestão de Riscos da Defesa Civil, apresentou a palestra “Eventos Extremos no Rio Grande do Sul: passado e futuro”. Kazmierczak abordou o histórico de eventos extremos ocorridos no Rio Grande do Sul, que passam a ser mais recorrentes e impactantes ao longo dos anos. Ele também projetou o que vem pela frente, até 2040, num contexto de emergência climática, trazendo tendências sobre chuvas, ondas de calor e seus impactos para o futuro do estado em todos os âmbitos, defendendo que as soluções passam por conhecer os riscos, definição de diagnósticos e planos e alocação de recursos.

Planos de contingência

No Painel II, que aborda planos de contingência e protocolos de emergência, o tenente-coronel Hélio Miguel Schauren Júnior, coordenador da 8ª Regional de Proteção e Defesa Civil, palestrou sobre “Aspectos Práticos da Elaboração e Aplicação dos Planos de Contingência”.

Schauren introduziu o papel da Defesa Civil no contexto do desastre enquanto integrante do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, ator responsável pela coordenação e a gestão do que está manifestado nos Planos de Contingência. Ele enfatizou que os planos precisam ser mais do que um documento formal elaborado pelos municípios, mas sim um instrumento atualizado, testado, validado e amplamente difundido dentre as comunidades.

O coordenador da 8ª Regional destacou boas práticas já implementadas no Vale do Taquari e no Vale do Rio Pardo, como, por exemplo, uma ampla pesquisa diagnóstica das estruturas de proteção e defesa civil dos municípios da região, relatórios de risco sobre movimentos de massa, auxílio na elaboração dos planos de contingência municipais escolares, capacitações sobre Sistema de Comando de Incidentes (SCI), boletins, avisos e alertas, além do estabelecimento de parcerias com órgãos, universidades, Organização Internacional para as Migrações da Organização das Nações Unidas (OIM/ONU) e órgãos e entidades representativas.