Estado já recenseou 60% dos abrigos
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A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) já realizou, até o começo desta quinta-feira (16/5), o censo das condições de estruturas e necessidades de 507 alojamentos temporários, os quais abrigam 38.565 pessoas afetadas pelas enchentes desde o final de abril. O número corresponde a 60% dos abrigos em todo o Estado – que conta, atualmente, com 839 locais temporários. O Censo está disponível para consulta na página Abrigos do site SOS Enchentes.
Para o titular da Sedes, Beto Fantinel, a ação complementa o trabalho, que vem sendo realizado pela pasta, de monitoramento dos abrigos. “A Sedes já faz o levantamento quantitativo dos abrigos no Estado, e o censo vem para apresentar um painel claro sobre cada um dos espaços”, explica. “Essa é uma força-tarefa que envolve diversos atores e busca auxiliar o município responsável por gerir os abrigos e garantir que pessoas em situação de vulnerabilidade tenham acesso a locais seguros e adequados.”
A coleta, iniciada pelas equipes na última sexta-feira (10/5), foi feita, até o momento, em 64 municípios das regiões funcionais do Estado atingidas pelo evento climático, por meio da aplicação de um formulário, preenchido pelos responsáveis de cada local.
Nesse novo recorte, observou-se que a população dos abrigos é composta por 9.308 famílias; 2.513 crianças na primeira infância (0 a 5 anos); 9.408 crianças e adolescentes (0 a 17 anos); 6.076 pessoas idosas; e 1.498 pessoas com deficiência. Além disso, 40,8% dos alojamentos estão abrigando gestantes ou puérperas, 3,7% possuem população quilombola ou indígena e 39,3% têm migrantes.
Quanto a estrutura e necessidades básicas, no momento de aplicação do Censo, 64,9% dos locais contavam com fornecimento de água potável; 56% possuíam fraldas; 49,7% tinham cobertores; 59,2% apresentavam colchões; 40,4% contavam com materiais de limpeza; e 72,6% continham medicamentos.
Em relação às características dos alojamentos temporários, 89,7% têm banheiros funcionais em quantidade suficiente; 82,6% contam com equipes de saúde; e 55,4% possuem segurança. Além disso, 77,5% têm espaços específicos de lazer destinados a crianças e adolescentes.
A partir da junção dos dados, outras secretarias do Estado poderão auxiliar no aprimoramento do Censo, indicando quais tipos de necessidades podem ser inseridas no sistema de filtros, bem como nos perfis dos atendidos. Posteriormente, com as informações unificadas, será possível atuar na inserção dos abrigados em políticas públicas do governo estadual.
A ação é uma força tarefa da Sedes com a Secretaria da Saúde (SES); o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; o Ministério da Saúde; a Defesa Civil nacional; a Defesa Civil do RS; e o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Texto: Ascom Sedes
Edição: Felipe Borges/Secom
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