Com o Aeroporto Salgado Filho interditado por conta da enchente, a Base Aérea de Canoas se tornou a principal rota de recebimento e envio de insumos para o Rio Grande do Sul. A Secretaria da Saúde (SES) está responsável pela gestão da logística e distribuição em conjunto com a Aeronáutica.

Em operação especial desde o início de maio, a logística centralizou na base aérea a entrega de mercadorias que já haviam sido compradas e estavam represadas em função do cancelamento de voos. O local passou também a receber insumos de outros estados para redistribuição.

O Departamento de Atenção Especializada (Dgae) da SES tem acompanhado de perto as demandas, avaliando previsões de chegada e elencando prioridades de destinação (como hemoderivados e medicamentos) conforme a necessidade de armazenamento. O controle rigoroso monitora notas fiscais, quantidade, peso e especificações para garantir a segurança do transporte aéreo e da carga.

Um fluxograma de priorização para hospitais sem acesso terrestre ou situações especiais foi elaborado para agilizar as entregas. Helicópteros e aeronaves seguem o planejamento otimizando rotas que possam utilizar cidades com base aérea como referência para municípios vizinhos. Dessa forma, uma mesma viagem pode abastecer uma região maior, organizando o destino final pelas vias terrestres possíveis entre as cidades próximas.

A SES mantém contato direto com as Coordenadorias Regionais de Saúde, informando as previsões de voo. As Coordenadorias, por sua vez, se organizam junto aos municípios e hospitais que têm demandas. Informações sobre insumos essenciais e estoques em falta são enviados por meio de um formulário diariamente.

Assim como a distribuição de medicamentos comprados, donativos que chegam à Base Aérea de Canoas também são redirecionados com apoio logístico da SES, que os encaminha para os municípios.

_{Texto: Ascom SES
Edição: Felipe Borges/Secom}