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Defesa Civil Estadual e Sala de Situação articulam dados resultantes da passagem do ciclone pelo RS

Publicação:

Rios sobem, rajadas de vento, volume de chuvas
Dados são levantados sobre a madrugada de quinta (15) para sexta-feira (16) no RS
Por Estagiária Giovana Ramisch/Ascom Defesa Civil RS

Os hidrólogos e meteorologistas da Sala de Situação do Estado publicaram, nesta segunda-feira (26), um relatório sobre os acontecimentos consequentes à passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul. 

Durante a madrugada de quinta (15) para sexta-feira (16), por conta das chuvas intensas causadas pelo ciclone extratropical, houve um acumulado elevado nas regiões Nordeste, Vales, Serra e Litoral Norte do estado. Águas aquecidas do Oceano Atlântico, aliadas ao intenso canal de umidade, reforçadas pela atuação do ciclone próximo à costa, mantiveram as nuvens carregadas nas regiões atingidas.

Os maiores volumes de água registrados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais foram nos municípios de:

  • Maquiné:  323,2 mm;

  • Bom Princípio: 302,6 mm;

  • Alto Feliz: 281,8 mm;

  • São Leopoldo: 281,48 mm;

  • Gravataí: 254,4 mm;

  • São Sebastião Do Caí: 251,6 mm;

  • Nova Petrópolis: 242,4 mm;

  • Sapucaia Do Sul: 236,94 mm;

  • Viamão: 227,4 mm;

  • Parobé: 226,57 mm;

  • Canoas: 220,6 mm;

  • Campo Bom: 212,38 mm;

  • Itati: 209,35 mm; e 

  • Nova Santa Rita: 205,28 mm.

Além disso, as rajadas de vento foram intensas para o nordeste e o leste do estado. As maiores velocidades registradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia foram nas cidades de:

  • Tramandaí: 101,9 km/h; 

  • Mostardas: 87,5 km/h; 

  • Porto Alegre: 76,7 km/h; 

  • São José dos Ausentes: 75,9 km/h; 

  • Cambará do Sul: 62,3 km/h; 

  • Canguçu: 59,8 km/h; 

  • Bento Gonçalves: 57,9 km/h; 

  • Canela: 56,5 km/h;

  • Encruzilhada do Sul: 52,2 km/h;

  • Pelo aeroporto, em Porto Alegre: 69 km/h; e 

  • Canoas: 61,1 km/h.

Uma análise hidrológica foi realizada nas estações monitoradas pela Sala de Situação. Todos esses rios passaram do nível seguro para um nível superior, sendo eles de atenção, de alerta e de inundação, necessariamente nessa ordem. Veja:

O rio Taquari, em Muçum, atingiu mais de 9 metros no dia 16/06, chegando ao nível de alerta. 

Em Montenegro, o rio Caí, chegou a quase 9 metros, nível de inundação. Já em em Sebastião do Caí, o rio atingiu quase 14 metros no dia 17/06, quando entrou em estágio de inundação. O rio Cadeia, afluente do Caí, também em São Sebastião do Caí, atingiu quase 12 metros no dia 17/06, sendo cotado em inundação.

O rio dos Sinos, em Campo Bom, registrou um pico de cheia no dia 18/06,  atingindo a inundação. Em São Leopoldo, o mesmo rio registrou um pico de mais de 6 metros no dia 19/06. O rio Gravataí, em Gravataí, chegou a 5 metros, alcançando a cota de alerta. Já na capital do estado, o rio Guaíba chegou a 2 metros, ultrapassando a linha de atenção. E o Rio Três Forquilhas, em Três Forquilhas, chegou a quase 7 metros no dia 16/06, alcançando o nível de inundação.

Além disso, a Defesa Civil produziu um painel de indicadores com os principais dados sobre os municípios atingidos pelo ciclone. Clicando em cada cidade, há informações quantitativas sobre as pessoas afetadas, os desabrigados, os desalojados, os desaparecidos, os feridos e os óbitos.  

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